As vantagens propaladas do ETF são:
- Diversificação a baixo custo;
- Simplicidade de operação;
- Menor volatilidade.
As desvantagens famosas dos ETFs são, por sua vez:
- Tributação desfavorável (15% de Imposto de Renda);
- Taxa de administração.
Estas duas desvantagens são suficientes para afastar o pequeno investidor com um mínimo de experiência dos ETFs e rumo ao excitante exercício de "stock-picking".
Bom, a discussão estaria encerrada se não houvessem duas outras vantagens nos ETFs.
- Maior liquidez que resulta em menor ask-bid spread;
- Maior rendimento de aluguel.
O BOVA11 tem mostrado impressionante volume diário que já ultrapassa os 3% do volume do índice e com clara tendencia de crescimento. Apenas 7 ações incluídas no IBOVESPA tem volume médio diário superior a 3% do volume do índice.
O rendimento recente de aluguel para o doador de quotas BOVA11 é de 2.30% ao ano. O rendimento médio das ações que constituem o IBOVESPA pode ser inferido a partir das 10 ações com maior participação no índice, listadas a seguir (46.7% do índice).
O aluguel de ações é tributado de forma regressiva assim como um investimento em renda fixa. Tomemos então o prazo típico de 30 dias que sofre tributação de 22.5%. Consideremos também que apenas 85% da carteira esteja alugada em um determinado período. Teríamos um rendimento liquido efetivo de 1.52% para o BOVA11 e de 0.27% para as ações integrantes do IBOVESPA.
A taxa de administração do BOVA11 é de 0.54% ao ano. As receitas de aluguel auferidas pela Blackrock tem, entretanto, limitado o efeito econômico da taxa de administração a 0.12% ao ano nos últimos três anos.
Vejamos então o comparativo entre ações individuais replicando o IBOVESPA e o BOVA11 ao longo dos anos em um cenário de valorização do IBOVESPA em 16.1% ao ano, a média dos últimos 13 anos:
O ETF, apesar de sua desvantagem tributária e taxa de administração supera o IBOVESPA a partir do décimo primeiro ano.
Surpreendente?